Doença do Refluxo Gastroesofágico
O refluxo gastroesofágico é o retorno do alimento do estômago para o esôfago, podendo ser eliminado pela boca, através de regurgitações ou vômitos. Na maioria das vezes, a criança regurgita e, após a regurgitação, fica bem, o que caracteriza o refluxo fisiológico.
Já na Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), além das regurgitações, há mais sintomas associados.
Na maioria das vezes, o refluxo não causa sintomas graves e pode acontecer várias vezes por dia em bebês. Durante o primeiro ano de vida, a tendência é que o refluxo vá diminuindo e desapareça, o que está relacionado ao crescimento e desenvolvimento da criança.
O refluxo pode ser causado pela posição do bebê durante a alimentação, alimentação excessiva, exposição a cafeína, nicotina e fumaça de cigarro, intolerância ou alergia alimentar, ou anomalia do trato digestivo.
Sintomas de refluxo gastroesofágico
Os sintomas de refluxo no bebê manifestam-se geralmente através das golfadas (regurgitações) em pequenas quantidades ou vômitos após as mamadas e algum desconforto transitório, o que pode acontecer em todos os bebês. No entanto, esse refluxo pode ser exagerado, podendo levar ao aparecimento de alguns outros sintomas, como:
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Sono agitado;
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Vômitos constantes;
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Tosse excessiva;
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Engasgo;
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Dificuldade para mamar;
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Irritação e choro excessivo;
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Rouquidão, pois a laringe inflama devido à acidez do estômago;
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Recusa alimentar;
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Dificuldade para ganhar peso;
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Inflamações frequentes nos ouvidos.
Nos casos onde há presença dos sintomas associados, o diagnóstico de DRGE é uma possibilidade.
Tratamento para refluxo gastroesofágico
Na presença destes sintomas, é importante levar o bebê ao pediatra ou gastroenterologista pediátrico para que seja feita uma avaliação geral do estado de saúde do bebê e, assim, poder ser indicado o tratamento mais adequado de acordo com a causa do refluxo.
Independente de ser refluxo fisiológico ou DRGE, o tratamento também envolve alguns cuidados como:
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evitar balançar o bebê após as mamadas;
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usar roupas mais folgadas e que não apertem o abdome;
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escolher uma posição mais adequada durante as mamadas e ajustar a pega durante a amamentação afim de evitar a entrada de ar pela boca do bebê.
Além disso, depois das mamadas é aconselhável colocar o bebê para arrotar, na posição vertical no colo do adulto por alguns minutos e, após, deitar o bebê com a barriga para cima e com a cabeceira do berço elevada cerca de 30 a 40 graus.